terça-feira, 4 de setembro de 2012

COMO FUNCIONA A CADEIRA DE RODAS DE STEPHEN HAWKING?

Uma das maiores mentes de nossa época no campo da física teórica e cosmologia sofre de uma doença degenerativa que o impede de movimentar quase todos os músculos do corpo; com pouquíssimas exceções para os da face e olhos. Stephen Hawking ajudou a entender a origem do universo, o papel dos buracos negros e, de quebra, escreveu as 262 páginas do maior best-seller da ciência para leigos: Uma Breve História do Tempo. E fez isso sem conseguir mover o corpo.


Stephen Willian Hawking ocupa a cátedra de professor lucasiano de Matemática da Universidade de Oxford, que já pertenceu a Newton; em seu livro – O universo numa casca de noz – brinca com a forma que ocupa essa cadeira; demonstrando seu grande senso de humor mesmo diante das dificuldades que enfrenta.

Como Stephen Hawking consegue falar?


O problema dele: aos 21 anos, foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, doença que afeta células nervosas responsáveis pelo controle da musculatura. Os médicos lhe deram 2 anos de vida. A doença afetou a fala, cada vez mais desarticulada, mas ele conseguia se comunicar. Ditou à secretária o rascunho do livro em 1984.

No ano seguinte, porém, Hawking teve uma pneumonia grave e precisou fazer uma traqueostomia de emergência. Foi então que perdeu de vez a voz. Mudo e quase todo paralisado, passou a levantar uma sobrancelha quando alguém apontava para letras. Mais tarde adotou o software Equalizer, que permite escrever frases selecionando palavras de um menu com um toque da mão. Por fim, um sintetizador de voz instalado com o Equalizer trouxe de volta a fala, ainda que eletrônica.
Hawking ocupou a cadeira de Isaac Newton na Universidade de Cambridge até 2009 comunicando-se apenas com um botão. E reclama: "O sintetizador me dá um sotaque americano".

A supercadeira



Como Hawking escreve e pronuncia seus discursos 

1. Um tablet é instalado em um suporte de metal acoplado a um dos braços da cadeira.

2. No menu há termos prontos, como "sim", e uma lista de palavras em ordem alfabética, além da função Soletrar.

3. Um sensor nos óculos capta movimentos da bochecha usados para escolher as frases.

4. O texto completo é enviado ao sintetizador, que cria a voz simulando entonação, segundo Sam Blackburn, assistente de Hawking. O som sai atrás do suporte do computador.

5. Para palestrar, ele escreve o discurso antes. Na hora da participação, envia ao sintetizador uma frase por vez, o que deixa a fala mais natural.

Hawking no dia a dia

Stephen Hawking tem na cadeira de rodas um controle remoto universal que usa para acender luzes, abrir portas e usar TV, DVD e aparelho de som.

sábado, 1 de setembro de 2012

9 CURIOSIDADES SOBRE O "MUNDO DE BEAKMAN"


Você sabe quem é Paul Zaloom? Ele era o apresentador de “O Mundo de Beakman”, um dos programas infantis mais nerds dos anos 1990. Com a ajuda dos personagens Lester e Liza, o cientista Beakman encantou crianças do mundo inteiro ao explicar fatos científicos de maneira engraçada e dinâmica em seu show na TV. Foi tanto sucesso que o programa foi exibido em mais de 90 países diferentes. Nesta lista, você descobre 9 coisas que, provavelmente, não sabe sobre esse programa tão querido:


1. Vamos começar com uma previsível, mas que pode decepcionar muita gente: Paul Zaloom não é um cientista de verdade. Ele estudou na escola preparatória “Choate School”, em Connecticut, e começou sua carreira artística no Goddard College, em Vermont.

2. Zaloom contou que a inspiração para o programa veio de uma tirinha de quadrinhos escrita por Jok Church. Na história de “You Can With Beakman and Jax”, dois personagens respondem a questões sobre ciência, tecnologia e história “enviadas” por leitores. Bem parecido com o programa que foi ao ar.


3. Falando nisso, enquanto o programa estava no ar, o show recebia mais de 1000 cartas por semana. Elas vinham de crianças, adultos e professores dos Estados Unidos, Canadá e até da Suécia.

4. A ideia para o show não foi de Zaloom, mas ele diz que foi o único “louco” que aceitou participar do projeto. “Ajudei a criar o show sabendo que não ia ficar rico ou ganhar créditos por isso”, contou.

5. Apesar de ser um programa com proposta educativa, muitos professores não gostavam de “O Mundo de Beakman” por considerar vulgares os temas tratados. “Mas crianças são fascinadas por peidos, soluços, xixi…por que não falar sobre isso de forma científica?”, questionou Zaloom durante a palestra.


6. Ele também explicou que o programa era todo pensado para estimular a participação das crianças. “Queríamos que elas fizessem as experiências em casa. Quanto mais próximas elas estiverem da ciência, mais aprendem”, disse Zaloom. Além disso, o show procurava formas de manter a atenção do público infantil. As duas câmeras usadas na gravação ficavam fixas e o que se moviam eram os personagens no set. Outra coisa impressionante é a quantidade de efeitos sonoros usados: são mais de 5 mil em cada meia hora de episódio.

7. Segundo Zaloom, o programa só teve espaço na TV por obra do governo americano: em 1991, um ano antes do show estrear, todos os canais de televisão foram obrigados a incluir uma programação educativa infantil para poder renovar suas licenças de funcionamento. “Os canais estavam infelizes. Eles preferiam passar “Os Flinstones” para ensinar as crianças sobre o passado e “Os Jetsons” sobre o futuro. Absurdo!”, disse.

8. Além de ator, Paul Zaloom é controlador de marionetes, cineasta, ventríloquo e satirista político (que critica desde a indústria de cigarros à prisão de Guantánamo). Aliás, ele conta que sua experiência em transformar assuntos políticos em entretenimento foi essencial para conseguir falar de ciência de uma forma engraçada como Beakman. “Você precisa entender o quão complexo algo é para saber explicá-lo de forma simples“.


9. Durante a apresentação, Zaloom falou da sua relação com Mark Ritts, o ator que interpretava o rato Lester, ajudante de laboratório de Beakman. “Além de ser muito inteligente e um excelente ator, ele era uma grande pessoa”. Ritts morreu de câncer em 2009. Em 1968, ele se formou em literatura inglesa na conceituada faculdade Harvard.