Você sabe quem é Paul Zaloom? Ele
era o apresentador de “O Mundo de Beakman”, um dos programas infantis mais
nerds dos anos 1990. Com a ajuda dos personagens Lester e Liza, o cientista
Beakman encantou crianças do mundo inteiro ao explicar fatos científicos de
maneira engraçada e dinâmica em seu show na TV. Foi tanto sucesso que o
programa foi exibido em mais de 90 países diferentes. Nesta lista, você
descobre 9 coisas que, provavelmente, não sabe sobre esse programa tão querido:
1. Vamos começar com uma
previsível, mas que pode decepcionar muita gente: Paul Zaloom não é um
cientista de verdade. Ele estudou na escola preparatória “Choate School”, em
Connecticut, e começou sua carreira artística no Goddard College, em Vermont.
2. Zaloom contou que a inspiração
para o programa veio de uma tirinha de quadrinhos escrita por Jok Church. Na
história de “You Can With Beakman and Jax”, dois personagens respondem a
questões sobre ciência, tecnologia e história “enviadas” por leitores. Bem
parecido com o programa que foi ao ar.
3. Falando nisso, enquanto o
programa estava no ar, o show recebia mais de 1000 cartas por semana. Elas
vinham de crianças, adultos e professores dos Estados Unidos, Canadá e até da
Suécia.
4. A ideia para o show não foi de
Zaloom, mas ele diz que foi o único “louco” que aceitou participar do projeto.
“Ajudei a criar o show sabendo que não ia ficar rico ou ganhar créditos por
isso”, contou.
5. Apesar de ser um programa com
proposta educativa, muitos professores não gostavam de “O Mundo de Beakman” por
considerar vulgares os temas tratados. “Mas crianças são fascinadas por peidos,
soluços, xixi…por que não falar sobre isso de forma científica?”, questionou
Zaloom durante a palestra.
6. Ele também explicou que o
programa era todo pensado para estimular a participação das crianças.
“Queríamos que elas fizessem as experiências em casa. Quanto mais próximas elas
estiverem da ciência, mais aprendem”, disse Zaloom. Além disso, o show
procurava formas de manter a atenção do público infantil. As duas câmeras
usadas na gravação ficavam fixas e o que se moviam eram os personagens no set.
Outra coisa impressionante é a quantidade de efeitos sonoros usados: são mais
de 5 mil em cada meia hora de episódio.
7. Segundo Zaloom, o programa só
teve espaço na TV por obra do governo americano: em 1991, um ano antes do show
estrear, todos os canais de televisão foram obrigados a incluir uma programação
educativa infantil para poder renovar suas licenças de funcionamento. “Os
canais estavam infelizes. Eles preferiam passar “Os Flinstones” para ensinar as
crianças sobre o passado e “Os Jetsons” sobre o futuro. Absurdo!”, disse.
8. Além de ator, Paul Zaloom é
controlador de marionetes, cineasta, ventríloquo e satirista político (que
critica desde a indústria de cigarros à prisão de Guantánamo). Aliás, ele conta
que sua experiência em transformar assuntos políticos em entretenimento foi
essencial para conseguir falar de ciência de uma forma engraçada como Beakman.
“Você precisa entender o quão complexo algo é para saber explicá-lo de forma
simples“.
9. Durante a apresentação, Zaloom
falou da sua relação com Mark Ritts, o ator que interpretava o rato Lester,
ajudante de laboratório de Beakman. “Além de ser muito inteligente e um
excelente ator, ele era uma grande pessoa”. Ritts morreu de câncer em 2009. Em
1968, ele se formou em literatura inglesa na conceituada faculdade Harvard.
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