segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

E SE O PERSONAGEM POPEYE FOSSE REAL?

Popeye é um personagem clássico dos quadrinhos, criado por E. C. Segar em 01 de julho de 1929, e adaptado para desenhos animados em 1933 pelos irmãos Dave e Max Fleischer. O Genno e Scientia encontrou uma versão humana do marinheiro Popeye criada pelo artista Lee Romano. Confira:


O marinheiro Popeye possui duas tatuagens de âncoras nos dois braços, e está sempre com um cachimbo feito de sabugo de milho, por causa disso ele só fala com um dos cantos da boca, enquanto segura o cachimbo com o outro canto do outro lado do nariz. 



Tem a cara meio deformada, sempre com um olho fechado, e um protuberante queixo partido ao meio. Em suas primeiras aparições não era careca, possuía vários fios de cabelo despenteados em baixo do quepe de marinheiro, que com as mudanças no design do personagem durante os anos, foram sendo reduzidos para apenas três ou dois fios.

Na versão humana, seus antebraços impressionantes são ainda mais majestosos:



Diferente do que muitos pensam, o personagem não apresenta uma idade tão avançada, mas tem apenas um "rosto deformado", pois ele nunca foi mostrado em seus desenhos tendo a idade de um homem velho. Em um curta-metragem de 1953 chamado "Popeye, the Ace of Space", é revelado que o personagem tem na verdade 40 anos; em Popeye o Filme de 1980 (que traz Robin Williams no papel principal), o marinheiro é descrito com cerca de 30 anos. Curiosamente no site oficial popeye.com, as idades dos personagens são descritas desta forma: Popeye tem 34 anos, Olívia tem 29, e Brutus 36.

O significado do seu nome (pop eye) é "olho estourado", ou também "olho arrebentado" "saltado" ou "arrancado", ele é chamado assim pelo fato de ser um marinheiro caolho.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

DESERTO DE DANAKIL: CONHEÇA AS PAISAGENS MAIS BIZARRAS DA TERRA

Gases tóxicos, lagos cheios de enxofre que fervem a 90°C, temperaturas altíssimas, areia movediça com ácido sulfúrico e vulcões fumegantes. A descrição do Deserto de Danakil, situado no nordeste da Etiópia, não é nem um pouco convidativa. Não é por menos que o local é conhecido como o “inferno na Terra”. Mas as fotos mostram que o inferno não é tão ruim assim. É lindo. E tem as paisagens mais bizarras do planeta.


É lá que fica a cratera vulcânica Dallol, pouco conhecida e raramente visitada – mas extraordinária. A paisagem única é formada por montanhas de sal e enxofre, gêiseres de gases venenosos e pequenas piscinas de ácidos coloridas.


Dallol é um dos lugares mais remotos da Terra e muitas poucas pessoas vivem lá, o que não é de se admirar. Afinal, quem gostaria de viver em um lugar tão perigoso como esse?

Além de tudo, Dallol detém atualmente o recorde da mais alta temperatura média para uma posição habitada na Terra, com temperatura anual média de 34°C.

As cores deslumbrantes vistas no local, como branco, amarelo, verde e vermelho, surgem devido à grande presença de enxofre, óxido de ferro, sal e outros minerais.


Embora seja muito perigoso, algumas pessoas sonham em conhecer o inferno terrestre e pagam caro por um tour. O passeio começa em Adis Abeba, a capital da Etiópia. De lá, é necessário pegar carona em uma caravana de camelos ou passar um dia inteiro viajando de carro.

Golpes políticos, revoltas, seca e fome na Etiópia colocaram Dallol fora do mapa por muito tempo. A área não era aberta à estrangeiros até 2001, e até hoje o local não é muito seguro. Quem visita a região ainda corre o perigo de virar refém de Ahmed Ela, a aldeia mais próxima ao vulcão.

E aí, você gostaria de enfrentar todos esses perigos e conhecer o Deserto de Danakil?



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O QUE É CRIOGENIA HUMANA?

É a técnica de manter cadáveres congelados anos a fio para ressuscitá-los um dia. Hoje, isso já dá certo com embriões: óvulos fecundados podem ficar na "geladeira" com chances boas de sobreviver a um descongelamento - estima-se que perto de 60% deles conseguem vingar, dando origem a um bebê. Por isso, um bocado de gente acredita que isso ainda vai funcionar com seres humanos inteiros. Até agora, cerca de 100 pessoas já foram congeladas depois da morte e esperam por vida nova no futuro.


A idéia é fantástica: você morre e os médicos o colocam num tanque de nitrogênio líquido, guardado a -196 ºC, temperatura em que o cadáver não apodrece. Aí, daqui a uns 500 anos, os cientistas descobrem um jeito de combater a doença que causou sua morte e o degelam. Uma beleza, né? Mas o processo não é tão simples. "Os próprios métodos usados para congelar uma pessoa causam danos às células que só poderiam ser reparados por tecnologias que ainda não existem", afirma o físico americano Robert Ettinger, considerado o grande divulgador da criogenia. Por enquanto, o congelamento não funciona com pessoas porque o líquido que compõe as células vira gelo, aumentando de tamanho e fazendo-as trincar. Com os embriões congelados, esse efeito é evitado com a aplicação de substâncias químicas que driblam a formação de cristais de gelo, impedindo que as paredes celulares se danifiquem. "Mas com os seres humanos desenvolvidos o problema é que cada tipo de célula exige uma substância protetora diferente, e muitas delas ainda não foram inventadas", diz o ginecologista Ricardo Baruffi, da Maternidade Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto (SP), um especialista em congelamento de embriões. Quer tentar a sorte mesmo assim? Então é melhor se mudar para os Estados Unidos, porque as duas únicas empresas no mundo com estrutura para receber novos "pacientes" ficam lá. E, se você quiser levar um bichinho de estimação para não se sentir muito sozinho daqui a 500 anos, sem problemas. Dez gatos, sete cachorros e até um papagaio já entraram nessa fria com seus donos.

A um passo da eternidade: Congelar um corpo é fácil. O que os cientistas não sabem ainda é como ressuscitá-lo

1. Assim que uma pessoa morre, um funcionário da empresa de criogenia resfria o cadáver com gelo. Nessa fase, a temperatura do corpo fica pouco acima de 0 ºC. Não é muito frio, mas é o suficiente para evitar, por algum tempo, a proliferação das bactérias que iriam apodrecer o cadáver

2. Nessa fase, o corpo também recebe uma injeção de substâncias anticoagulantes, para manter os vasos sanguíneos desobstruídos. Depois, todo o sangue é bombeado para fora e no lugar entram substâncias químicas que protegerão as células na hora do congelamento, evitando a formação de parte dos cristais de gelo, que rompem a estrutura celular

3. No local em que o corpo vai ser congelado, o cadáver passa por um resfriamento gradual, em uma câmara de gelo seco. Para evitar danos às células, a intenção é que todos os tecidos se congelem no mesmo ritmo. Todo o processo ocorre de maneira lenta e pode durar dois dias, quando a temperatura do corpo chega a -79 ºC

4. Depois do resfriamento, o corpo é submergido lentamente em um tanque de nitrogênio líquido, até ser totalmente coberto. Quando essa fase termina, após uma semana, o cadáver está a -196 ºC, impedido de apodrecer. Ele fica no tanque por toda a eternidade — ou até que alguém invente uma tecnologia para ressuscitá-lo

Imortalidade salgada: Por enquanto, virar picolé sai caro

Custo da criogenia:

Empresa Alcor (Estados Unidos):
Corpo inteiro: R$ 352 mil
Só a cabeça*: R$ 146 mil

Crynics Institute (Estados Unidos):
Corpo inteiro: R$ 82 mil
Animal de estimação: R$ 17 mil

* Para conservar o cérebro e, no futuro, religá-lo a outro corpo

Walt Disney congelado? Os rumores foram fortes nos anos 60, mas não passam de lenda urbana

Não, o corpo do criador do Mickey não está congelado. Tudo indica que os boatos de que o cadáver de Walt Disney virou um picolé criogênico não passam de lenda urbana. A versão oficial é que o desenhista e empresário foi cremado logo após sua morte, em 1966. Mas, na época, o funeral reservado e o fato de a criogenia estar na ordem do dia, com o sucesso do livro A Prospect of Immortality ("Uma Perspectiva de Imortalidade", inédito no Brasil), de Robert Ettinger, alimentaram a especulação. Outro fato impulsionou a lenda: a primeira experiência criogênica humana ocorreu apenas um mês após a morte de Disney, quando o cadáver do norte-americano James Bedford foi congelado.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O QUE HAVIA ANTES DO BIG BANG?

Antes do Big Bang, não havia o que chamar de antes. Era o que todo mundo pensava. Mas agora uma série de teorias está incendiando a ciência.



A explosão que deu origem ao Universo aconteceu bem aí, no lugar onde você está agora. Não é brincadeira, mas um fato científico: no momento do Big Bang todos os lugares estavam no mesmo lugar, ocupando um espaço bem menor que o pingo deste i. Fora desse minipingo não havia nada. E ainda não há.
O Universo continua sendo só a parte interna do Big Bang. Não há nada lá fora. Nem tempo: passado, presente e futuro só existem aqui dentro. Difícil de imaginar, mas é a verdade: o dia do seu nascimento, do seu casamento e do seu funeral já estavam de alguma forma impressos naquele pingo de i. E continuam, em algum lugar do tecido cósmico. Fora dele é o "antes do Big Bang" - um limbo fora do alcance da ciência, ou da imaginação. Até por isso a maior parte dos cientistas acha perda de tempo pensar nesse limbo. Mas não faltam pesquisadores com ótimas teorias sobre o que existe lá fora, sobre o que teria acontecido antes de o próprio tempo existir. E essas ideias vêm com um bônus: uma revolução filosófica, capaz de mudar tudo o que você pensava sobre a existência. Seja lá o que for que você pensava.

1. Um outro Universo
No início, tudo estava tão espremido, mas tão espremido, que não tinha tamanho nenhum. O embrião do Universo tinha dimensão zero. É o que chamam de "singularidade". E além da singularidade a ciência não consegue enxergar. O momento em que esse ponto começou a se expandir ficou conhecido como Big Bang. Na verdade, não teve "Bang", porque a expansão não fez barulho - não existe som no vácuo e, pior, essa explosão que foi sem nunca ter sido não aconteceu nem no vácuo, mas em lugar nenhum. Nós estamos dentro dela agora. Desde lá o Universo se propaga como se fosse uma bexiga enchendo num ambiente além da imaginação. Um "lugar" aonde não dá para você ir, porque não existe espaço para o acolher. Você não "cabe" ali. O tempo também não existe lá. Seu relógio ficaria congelado. É o nada total. Absoluto. Rua do Bobos, número zero. 

Seja o fim do tempo, seja a singularidade, que comprime toda a existência num espaço de dimensãozero, tudo parece uma abstração sem sentido. Mas não. Para começar, as singularidades existem hoje mesmo. E são mais comuns do que parecem. Há um monte delas acima de nós agora mesmo. Dez milhões só na nossa galáxia. É que você as conhece por outro nome: buracos negros. Esses ralos cósmicos que sugam tudo o que aparece em seu caminho são basicamente pontos onde a força gravitacional é infinita. Para entender melhor um buraco negro, o melhor jeito é aprender a receita para construir um. Primeira parte: pegue 1 milhão de planetas Terra e funda todos eles até formar uma bolona, com massa equivalente à de 3 Sóis. Quanto maior a massa de alguma coisa, maior a gravidade. No caso da nossa bola, ela teria uma força gravitacional tão poderosa que nada teria como ficar em sua superfície sem começar a ser tragado para dentro do solo. Até a própria superfície começaria a ser engolida. Isso realmente acontece com as estrelas gigantes, bem maiores que o Sol, quando elas morrem. Nesse processo digestivo, a bola vai diminuindo de tamanho e fica cada vez mais densa. A força gravitacional também se concentra, puxando mais matéria ainda para o centro da bola. Uma hora a gravidade vai ter sugado tudo. Mas não vai deixar de existir. Será um ponto de dimensão zero. Uma singularidade. Além daí, a ciência não consegue enxergar. Não dá para saber o que acontece "do outro lado" de um buraco negro. 

Aliás, perguntar isso é tão absurdo quanto questionar o que havia antes do Big Bang. Por causa do seguinte: grosso modo, quanto maior é a gravidade, menor é a velocidade com que o tempo passa para você. Se pudesse ficar ao lado de um buraco negro sem ser estraçalhado, um segundo ali equivaleria a zilhões de anos para quem ficou na Terra. Caso você entrasse em um e pudesse sair, veria que, lá fora, o Universo já teria acabado, mesmo que tivesse durado para sempre. Um buraco negro é o fim do tempo. Olhe para o céu e fite o centro da galáxia, onde vive mesmo um buraco negro gigante. Você estará vendo um ponto onde o tempo não existe mais. 

A semelhança entre o interior de um buraco negro e o Big Bang é tão violenta que qualquer criança se sentiria tentada a dizer que, no fundo, eles são a mesma coisa. Alguns físicos também. É o caso de Lee Smolin, do Perimeter Institute, no Canadá. Diante de tantas coincidências, ele propôs o seguinte no final dos anos 90: que a singularidade de onde viemos era nada menos que a singularidade de um buraco negro de outro Universo. O Big Bang foi o começo do tempo e do espaço, certo? No interior de um buraco negro o tempo e o espaço acabam. A ideia de Smolin, então, é que estamos do outro lado de um buraco que existe em outro Universo. Sendo assim, nosso Cosmos tem um pai, um avô... E filhos, nascidos de seus próprios buracos negros. Segundo Smolin, os universos-filho herdam as características cosmológicas dos universos-pai, mas com pequenas variações. Ele não tirou isso da imaginação, mas daTeoria da Evolução. Darwin mostrou que seres vivos nascem com mutações que podem melhorar ou piorar suas chances de deixar descendentes. Essas variações podem fazer surgir mais buracos negros ou menos dentro do universo-filho. Nisso, os Universos mais aptos - ou seja, os que criam mais buracos negros - se reproduzem mais. E compõem a maior parte da população de Universos. Se Smolin estiver certo, quem olhasse esse conjunto de Universos do lado de fora veria uma grande árvore da vida, como as que decoram esta página. Uma boa teoria para o que havia antes do Big Bang. Mas ela não responde o que teria dado origem ao suposto "primeiro universo". Para isso, temos que ir mais longe. Ao item 2. 

2. Choque de titãs
Com vocês, a Teoria das Supercordas. Resumindo bem, ela diz o seguinte: todas as partículas fundamentais (as indivisíveis, que compõe o átomo) são cordinhas vibrantes. Se vibram em um certo "tom", dão origem a um tipo de partícula - um elétron, por exemplo. Em outro tom, geram um quark... E por aí vai. Até compor o punhado de partículas que forma todo tipo de matéria e energia que há por aí. Para que isso aconteça, segundo a teoria, as cordas precisam vibrar em mais dimensões do que as 3 de espaço que conhecemos, caso contrário não atingem os tons que eles imaginam. E esse é o ponto: ateoria das cordas abre as portas para dimensões extras. No finalzinho do século 20, cientistas partidários da teoria propuseram um novo modelo para o Big Bang com base nessa ideia de outras dimensões. Funciona assim: antes da grande explosão, o que havia eram espaços tridimensionais vagando sem nada dentro numa 4ª dimensão. Imagine os dados aí em cima como se eles fossem esses espaços - ou "membranas 3D", como chamam os físicos. Eles vivem uns ao lado dos outros, no condomínio tranquilo da 4ª dimensão. Ninguém interfere na vida de ninguém, já que todos têm seu espaço tridimensional próprio. (cada um no seu cubo, hehe). Mas, de tempos em tempos, acontece um evento de dimensões cósmicas: esses espaços se trombam. A batida enche de energia o ponto da colisão. E ele explode em todas as direções dentro de uma das membranas 3D. Seria basicamente o que conhecemos como Big Bang

Mas nesse caso ele não teria vindo do nada. Seria o filhote de um choque de titãs cósmicos. Isso torna a origem de tudo um evento tão banal quanto um tropeção, possível de acontecer a qualquer momento. O problema: comprovar a existência das dimensões extras é hoje tão impossível quanto saber o que acontece dentro de um buraco negro. Como diz o físico Paul Davies: "Talvez os teóricos das cordas tenham tropeçado no santo graal da ciência. Mas talvez eles estejam todos perdidos para sempre na Terra do Nunca". Hora de ir para uma terra ainda mais misteriosa. 

3. País das maravilhas
Há chances de um evento bizarro acontecer neste momento: a SUPER atravessar o seu crânio. Isso é uma afirmação séria, da teoria científica mais comprovada - e mais difícil de entender - de todos os tempos: a física quântica. Apesar de ostentar o título de teoria mais esquisita e anti-intuitiva já concebida pela ciência, a física quântica ganha em exatidão de qualquer outra. Se o objetivo é descrever o comportamento de zilhares de partículas subatômicas fervilhando freneticamente a uma temperatura 10 trilhões de trilhões de vezes superior à do Sol, é quase impossível não usá-la. Ela funciona como uma espécie de superzoom em espaços menores que o núcleo de um átomo. Mas, às vezes, tem um efeito tão devastador quanto uma câmera de alta definição em um rosto cheio de rugas: revela todos os detalhes "deselegantes" que se escondem no interior da matéria. No mundo quântico, partículas surgem do nada e desaparecem. Esse micromundo é oscilante, assimétrico, caótico, descontínuo, imprevisível. Uma terra sem lei. Ou melhor, uma terra com uma única lei: a da probabilidade. Por isso, existe uma probabilidade não apenas de o GENNO E SCIENTIA atravessar sua cabeça mas de qualquer coisa acontecer. Um elefante aparecer na sua cozinha, por exemplo. Elefantes só não se materializam em cozinhas porque os efeitos quânticos acabam diluídos no mundo macroscópico. Muitas partículas teriam que surgir do nada, e em sincronia, para formar um elefante! É algo tão improvável que não merece consideração. 

Mas imagine o seguinte: o Universo inteiro é um megacassino onde cada partícula subatômica é uma roleta girando. Para ganhar algo no cassino, é preciso que, em um pedacinho do Cosmos, todas as roletas - e haja roleta: há 1 seguido de 100 zeros partículas no Universo! - tirem o mesmo número. Completamente impossível, não? A resposta seria sim, não fosse um detalhe importante: estamos tratando de escalas de tempo bem maiores que os 13,7 bilhões de anos do nosso Universo. Segundo os teóricos da física quântica, dependendo do tempo que se passa jogando, é possível que o resultado das roletas da flutuação quântica gere algo surreal: uma bolha de matéria e espaço que se expande rapidamente até se desprender do tecido original. Ou seja, acontece um Big Bang. Se as roletas quânticas derem sorte no novo Universo, nasce outro dentro dele. E assim, basicamente ao acaso, vão pipocando Universos, cada um confinado às próprias dimensões de tempo e espaço. Tudo isso soa esquizofrênico, é fato. Como assim partículas que somem, reaparecem e oscilam sem parar? O que causa isso nelas? Com a palavra, o físico David Deutsche: "Infinitos universos paralelos". Segundo ele, a interação com partículas de outros Universos na escala subatômica é a única explicação plausível para a espécie de chilique eterno que assola o mundo quântico. O que havia antes do chilique? Deutsche não arrisca uma resposta. O que ele e outros físicos fazem é buscar sentido para a ideia dos Universos paralelos. E chegaram a uma hipótese insana: a de que vivemos neles. Assim: neste Universo você continuará lendo este texto daqui a um minuto. Num Universo paralelo, você achará melhor ir tomar um café. Aí, no momento que você decide se vai se levantar ou continuar lendo, sua consciência vai para o Universo que contém a realidade escolhida. Uau. Bom, só esperamos que, em algum lugar, exista um Universo com a resposta definitiva para o que havia antes do Big Bang. Mas cuidado: ela pode ser aterradora também. Como a do item 4. 

4. Uma máquina
O Universo tem prazo de validade. Em alguns trilhões de anos, todas as estrelas vão ter se apagado. E tudo será um breu. Isso coloca uma questão: o que nossos descendentes vão fazer para escapar desse fim? A única resposta: construir um novo Universo, artificial. Uma simulação estilo Matrix, em outro tempo e outro espaço. Mas espera aí: e se já estivermos num Universo artificial agora? É que de duas uma: ou somos a primeira civilização inteligente e vamos construir nosso simulador de Universo um dia ou já estamos em um, feito em algum Cosmos que precedeu o nosso. "A probabilidade de estarmos vivendo dentro de uma simulação é próxima de 100%", diz o filósofo Nick Bostrom, da Universidade de Oxford. Mas fica o conselho dele: "Qualquer um que mude a vida por causa disso se tornará um maluco solitário". Tão maluco e solitário quanto este sujeito, o nosso Universo.

sábado, 17 de novembro de 2012

7 DOENÇAS GENÉTICAS RARAS

Algumas demoram anos para se manifestar, outras podem provocar a morte até poucos dias depois do nascimento. As mais raras doenças conhecidas pelo homem são aquelas causadas por “problemas de fábrica” – doenças genéticas, provocadas por anormalidades em genes e cromossomos. O National Human Genome Research Institute, nos EUA, conduz pesquisas que ajudam a entender melhor as causas destas doenças e o seu tratamento, e mantém em seu banco de dados vasta informação sobre avanços e descobertas. O GENNO E SCIENTIA listou 7 destas raras doenças genéticas – conheça-as:

1. Síndrome de Chediak-Higash


Menos de 200 pessoas no mundo foram identificadas com este distúrbio genético que afeta o sistema imunológico, impedindo o corpo de se defender de vírus e bactérias. Além das sérias infecções que geralmente provocam a morte dos pacientes ainda na primeira década de vida, os afetados pela Síndrome de Chediak-Higashi também são albinos e sofrem com hemorragias. Acredita-se que a doença é causada por uma mutação no gene responsável pela regulação do transporte de materiais dentro dos lisossomos, responsáveis por destruir substâncias tóxicas presentes nas células. No entanto, como o quadro clínico da doença ainda não foi completamente composto, a condição permanece enigmática.

2. Alcaptonúria

Esbarrar por acaso com alguém que sofre desta rara doença genética não é fácil: a alcaptonúria afeta apenas 1 pessoa em cada 1.000.000 de nascimentos. O quadro clínico é causado por uma deficiência da enzima oxidase do ácido homogentísico, ácido tóxico resultante do metabolismo da tirosina, um aminoácido importante para construção de blocos de proteínas. O resultado da ausência dessa enzima é o acumulo do ácido no organismo, principalmente em tecidos conectores, o que causa artrite e fraturas ósseas. Para identificar a doença, um dos principais indícios é a presença do ácido homogentísico na urina, que faz com que ela fique escura quando em contato com o oxigênio. Problemas no coração, pedras nos rins e na próstata são alguns dos outros sintomas causados pela Alcaptonúria.

3. Síndrome de Hermansky-Pudlak


A mutação de pelo menos oito genes está ligada ao desenvolvimento da Síndrome de Hermansky-Pudlak, doença mais frequente em Porto Rico e nos Alpes suíços, que afeta entre 1 em 500.000 e 1 em 1.000.000 de indivíduos no mundo. Além de enfrentarem problemas no funcionamento dos pulmões, intestino, rins e coração, os afetados pela Síndrome sofrem também com a diminuição na pigmentação da pele (que causa albinismo) e problemas de sangramento devido a uma deficiência no armazenamento de plaquetas – que, como você aprendeu nas aulas de biologia, são fundamentais para a coagulação do sangue.

4. Síndrome de Bardet-Biedl

Obesidade, polidactilia (dedos extras nos pés ou nas mãos), deficiências no aprendizado, diabetes, doenças renais e malformações cardíacas – estes são alguns dos sintomas nada agradáveis da Síndrome de Bardet-Biedl (BBS), que atinge aproximadamente 1 pessoa a cada 160.000 nascimentos. Apesar de a doença ter sido descrita há mais de 80 anos, apenas recentemente foi descoberto que a BBS pode ser causada por mutações em pelo menos 12 genes, e o National Human Genome Research Institute conduz atualmente estudos para entender melhor suas causas e desenvolvimento.

5. Doença de Gaucher

Uma deficiência na enzima beta-glicosidase, responsável por digerir os lipídios presentes no interior das células, é responsável pelo desenvolvimento da Doença de Gaucher. Sem essas enzimas, o acúmulo dessas substâncias danifica órgãos e tecidos. Aproximadamente 1 em cada 100.000 pessoas é afetada pela doença genética que, além de provocar o aumento do fígado e do baço e a diminuição de plaquetas, pode causar doenças ósseas, cirrose, fibrose e desconforto abdominal. Em casos onde a doença se desenvolve antes do nascimento ou na infância, pode causa inchaço, anormalidades na pele e sérios problemas neurológicos, geralmente levando à morte.

6. Leucodistrofias


Se você assistiu ao filme O Óleo de Lorenzo provavelmente já conhece um pouco sobre os problemas causados pela leucodistrofia, distúrbio genético que causa a destruição da bainha de mielina – película que protege os nervos e permite os impulsos nervosos. No longa-metragem, lançado em 1992 e inspirado em fatos reais, o garoto Lorenzo sofre com adrenoleucodistrofia (também conhecida como ADL), uma leucodistrofia que atinge aproximadamente 1 em cada 50.000 indivíduos. Apesar do óleo apresentado no longa ajudar a adiar ou reduzir os efeitos da doença, não existe ainda um tratamento definitivo para as leucodistrofias e estudos estão sendo conduzidos atualmente para entender melhor suas causas. Entre os sintomas da doença estão problemas de percepção, disfunção adrenal, perda da memória, da visão, da audição, da fala, deficiência de movimentos e demência.

7. Doença de Huntington


Você já deve ter ouvido por aí, mas saiba que lá vem um pequeno spoiler: Remy Hadley, personagem do seriado House mais conhecida como Treze, é portadora de uma rara doença genética que atinge 3 ou 7 pessoas a cada 100.000. A integrante da equipe do temperamental doutor-detetive sofre com um distúrbio neurológico hereditário e degenerativo causado por uma mutação genética no cromossoma 4. Este defeito tem como resultado a malformação da proteína “huntington”, que se acumula no cérebro e causa a morte das células nervosas na área responsável pela coordenação de movimento, e no córtex, que controla a percepção, pensamento e memória – funções que são mais freqüentemente afetadas com a progressão da doença cujos sintomas geralmente aparecem na vida adulta.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

POR QUE TEMOS A SENSAÇÃO DE "DÉJÀ VU"?


Sabe aquela sensação de estar vivendo uma coisa que já aconteceu? E aí nós ficamos na dúvida se sonhamos aquilo ou se voltamos no tempo (vai que, né?) ou se é a nossa vida que repete muito, mesmo. Qualquer que seja a nossa teoria, esse fenômeno, chamado de “déjà vu”, desperta a curiosidade de muitos cientistas por aí – e nenhum deles conseguiu, ainda, entender realmente do que se trata.

Quer dizer, até agora. Um estudo do Central European Institute of Technology (CEITEC MU) e da Faculdade de Medicina da Universidade de Masaryk, na República Tcheca, trouxe alguma luz sobre o mistério.

Os pesquisadores descobriram que certas estruturas cerebrais específicas têm um impacto direto sobre isso. Exames feitos com ressonância magnética com 113 voluntários mostraram que o hipocampo, estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro onde as memórias se originam, eram consideravelmente menores em pessoas que vivem tendo essa sensação, em comparação com quem nunca teve uma experiência assim. E tem mais: quanto mais frequentes os déjà vus, menores eram essas áreas.

“Quando estimulamos o hipocampo de pacientes neurológicos, conseguimos induzir neles a sensação de déjà vu. Ao encontrar as diferenças estruturais no hipocampo em pessoas saudáveis ​​que têm ou não tal experiência, mostramos que ela está diretamente ligada à função destas estruturas cerebrais”, afirmou o autor principal do estudo, Milan Brázdil, do CEITEC.

Para ele, o déjà vu é provavelmente causado por uma superexcitação de células nervosas em hipocampos mais sensíveis. Isso causaria um pequeno “erro no sistema”: as lembranças falsas. “Tal sensibilidade maior pode ser consequência de alterações nessas regiões do cérebro que podem ter ocorrido durante o desenvolvimento do sistema neural”, explica Brázdil.  O hipocampo é excepcionalmente vulnerável a várias influências do ambiente externo, como as patológicas (como inflamações) ou fisiológicas (como o stress ou privação do sono), principalmente na primeira infância.

Apesar de parecer misterioso, o déjà vu é uma experiência comum: segundo os pesquisadores, entre 60% e 80% dos indivíduos normais já passou por isso.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

COMO FUNCIONA A CADEIRA DE RODAS DE STEPHEN HAWKING?

Uma das maiores mentes de nossa época no campo da física teórica e cosmologia sofre de uma doença degenerativa que o impede de movimentar quase todos os músculos do corpo; com pouquíssimas exceções para os da face e olhos. Stephen Hawking ajudou a entender a origem do universo, o papel dos buracos negros e, de quebra, escreveu as 262 páginas do maior best-seller da ciência para leigos: Uma Breve História do Tempo. E fez isso sem conseguir mover o corpo.


Stephen Willian Hawking ocupa a cátedra de professor lucasiano de Matemática da Universidade de Oxford, que já pertenceu a Newton; em seu livro – O universo numa casca de noz – brinca com a forma que ocupa essa cadeira; demonstrando seu grande senso de humor mesmo diante das dificuldades que enfrenta.

Como Stephen Hawking consegue falar?


O problema dele: aos 21 anos, foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, doença que afeta células nervosas responsáveis pelo controle da musculatura. Os médicos lhe deram 2 anos de vida. A doença afetou a fala, cada vez mais desarticulada, mas ele conseguia se comunicar. Ditou à secretária o rascunho do livro em 1984.

No ano seguinte, porém, Hawking teve uma pneumonia grave e precisou fazer uma traqueostomia de emergência. Foi então que perdeu de vez a voz. Mudo e quase todo paralisado, passou a levantar uma sobrancelha quando alguém apontava para letras. Mais tarde adotou o software Equalizer, que permite escrever frases selecionando palavras de um menu com um toque da mão. Por fim, um sintetizador de voz instalado com o Equalizer trouxe de volta a fala, ainda que eletrônica.
Hawking ocupou a cadeira de Isaac Newton na Universidade de Cambridge até 2009 comunicando-se apenas com um botão. E reclama: "O sintetizador me dá um sotaque americano".

A supercadeira



Como Hawking escreve e pronuncia seus discursos 

1. Um tablet é instalado em um suporte de metal acoplado a um dos braços da cadeira.

2. No menu há termos prontos, como "sim", e uma lista de palavras em ordem alfabética, além da função Soletrar.

3. Um sensor nos óculos capta movimentos da bochecha usados para escolher as frases.

4. O texto completo é enviado ao sintetizador, que cria a voz simulando entonação, segundo Sam Blackburn, assistente de Hawking. O som sai atrás do suporte do computador.

5. Para palestrar, ele escreve o discurso antes. Na hora da participação, envia ao sintetizador uma frase por vez, o que deixa a fala mais natural.

Hawking no dia a dia

Stephen Hawking tem na cadeira de rodas um controle remoto universal que usa para acender luzes, abrir portas e usar TV, DVD e aparelho de som.

sábado, 1 de setembro de 2012

9 CURIOSIDADES SOBRE O "MUNDO DE BEAKMAN"


Você sabe quem é Paul Zaloom? Ele era o apresentador de “O Mundo de Beakman”, um dos programas infantis mais nerds dos anos 1990. Com a ajuda dos personagens Lester e Liza, o cientista Beakman encantou crianças do mundo inteiro ao explicar fatos científicos de maneira engraçada e dinâmica em seu show na TV. Foi tanto sucesso que o programa foi exibido em mais de 90 países diferentes. Nesta lista, você descobre 9 coisas que, provavelmente, não sabe sobre esse programa tão querido:


1. Vamos começar com uma previsível, mas que pode decepcionar muita gente: Paul Zaloom não é um cientista de verdade. Ele estudou na escola preparatória “Choate School”, em Connecticut, e começou sua carreira artística no Goddard College, em Vermont.

2. Zaloom contou que a inspiração para o programa veio de uma tirinha de quadrinhos escrita por Jok Church. Na história de “You Can With Beakman and Jax”, dois personagens respondem a questões sobre ciência, tecnologia e história “enviadas” por leitores. Bem parecido com o programa que foi ao ar.


3. Falando nisso, enquanto o programa estava no ar, o show recebia mais de 1000 cartas por semana. Elas vinham de crianças, adultos e professores dos Estados Unidos, Canadá e até da Suécia.

4. A ideia para o show não foi de Zaloom, mas ele diz que foi o único “louco” que aceitou participar do projeto. “Ajudei a criar o show sabendo que não ia ficar rico ou ganhar créditos por isso”, contou.

5. Apesar de ser um programa com proposta educativa, muitos professores não gostavam de “O Mundo de Beakman” por considerar vulgares os temas tratados. “Mas crianças são fascinadas por peidos, soluços, xixi…por que não falar sobre isso de forma científica?”, questionou Zaloom durante a palestra.


6. Ele também explicou que o programa era todo pensado para estimular a participação das crianças. “Queríamos que elas fizessem as experiências em casa. Quanto mais próximas elas estiverem da ciência, mais aprendem”, disse Zaloom. Além disso, o show procurava formas de manter a atenção do público infantil. As duas câmeras usadas na gravação ficavam fixas e o que se moviam eram os personagens no set. Outra coisa impressionante é a quantidade de efeitos sonoros usados: são mais de 5 mil em cada meia hora de episódio.

7. Segundo Zaloom, o programa só teve espaço na TV por obra do governo americano: em 1991, um ano antes do show estrear, todos os canais de televisão foram obrigados a incluir uma programação educativa infantil para poder renovar suas licenças de funcionamento. “Os canais estavam infelizes. Eles preferiam passar “Os Flinstones” para ensinar as crianças sobre o passado e “Os Jetsons” sobre o futuro. Absurdo!”, disse.

8. Além de ator, Paul Zaloom é controlador de marionetes, cineasta, ventríloquo e satirista político (que critica desde a indústria de cigarros à prisão de Guantánamo). Aliás, ele conta que sua experiência em transformar assuntos políticos em entretenimento foi essencial para conseguir falar de ciência de uma forma engraçada como Beakman. “Você precisa entender o quão complexo algo é para saber explicá-lo de forma simples“.


9. Durante a apresentação, Zaloom falou da sua relação com Mark Ritts, o ator que interpretava o rato Lester, ajudante de laboratório de Beakman. “Além de ser muito inteligente e um excelente ator, ele era uma grande pessoa”. Ritts morreu de câncer em 2009. Em 1968, ele se formou em literatura inglesa na conceituada faculdade Harvard.





sexta-feira, 17 de agosto de 2012

ENFIM LEITURA CÔMODA NA CAMA



Quem gosta de desfrutar de uma boa leitura deitado em sua cama sabe como é difícil conseguir uma posição confortável. Dores nos braços e no pescoço são comuns, por isso não conseguimos ficar muito tempo concentrado na leitura. Às vezes a gente se surpreende lendo Huxley com uma perna atrás da orelha e uma mão segurando o outro pé enquanto segura o livro com os dedos da outra mão ou do outro pé ou com algum outro dedo que tenha surgido do tornozelo como resultado da evolução genética dos leitores através das gerações.

Para resolver isso, chega ao mercado o Prism Glasses, um óculos desenvolvido para se ler deitado, de forma relaxada, sem esforço.

O Prism Glasses funciona com um jogo de espelhos que reflete a imagem do livro diretamente nos seus olhos. Custam pouco mais de 60 reais, um investimento para evitar um nó na coluna, ainda que duvido muito que algo assim seja saudável para os olhos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

COMO GELAR CERVEJA EM 3 MINUTOS

O Genno e Scientia mostra a você toda a ciência por trás do velho truque que deixa sua bebida trincando.


A festa começou, as pessoas não param de chegar e, naquele abre e fecha da geladeira, todas as bebidas ainda estão quentes. Você não precisa mais do que ciência e 3 minutos para resolver o problema. Anote aí!

O sal se dissolve facilmente na água e reduz seu ponto de congelamento. Pura, a água congela a cerca de 0 ºC. Já a água com sal precisa de uma temperatura menor, que pode chegar a dezenas de graus abaixo de zero. Quando o sal é colocado no gelo, parte dos cubos derretem, “roubando” calor durante a troca de estado físico e esfriando a mistura como um todo. Além disso, o sal dissolvido provoca uma reação endotérmica, ou seja, reduz mais a temperatura da mistura. O álcool tem um papel semelhante: derrete o gelo “roubando” calor e diminui ainda mais o ponto de congelamento. É usado porque quando a temperatura ficar abaixo de -9 ºC, o sal perde um pouco do efeito, mas o álcool não.

Alerta: De olho no relógio: o alumínio é bom condutor de calor, e 3 minutos são suficientes para que as latinhas mergulhadas encontrem o equilíbrio térmico. Como a temperatura fica abaixo de zero, após alguns minutos, a bebida vai estar tão gelada que não vai dar para sentir o gosto e periga congelar.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

10 MANEIRAS DE ESTIMULAR SUA INTELIGÊNCIA


Há várias maneiras de estimular e/ou exercitar nosso cérebro, maximizando assim a inteligência funcional. Use bem a lista abaixo, pois estará investindo no seu maior patrimônio, sua mente.



10. Coma peixe

Peixes oleosos são ricos em DHA, um ácido graxo Omega-3 responsável por 40% da formação das membranas celulares e podem melhorar a neurotransmissão. O DHA é necessário para o desenvolvimento do cérebro do feto e vários estudos ligaram dietas com bastante peixe à redução do declínio mental com a idade avançada. Mas antes que você morda a isca saiba que estes estudos se basearam no que as pessoas lembravam sobra as suas dietas, uma tarefa que cheia a peixe. Testes com Omega-3 em ratos não mostraram melhora nas habilidades cognitivas.

9. Beba chá

A cafeína do chá verde e preto faz o corpo pegar no tranco e afia a mente. Não é bom beber café e energéticos. Para um ganho cerebral excelente faça pausas regulares para beber chá. Doses pequenas durante o dia são melhores do que tomar uma única grande dose.

8. Sem pânico

Enquanto um leve nervosismo pode melhorar o desempenho cognitivo, períodos de estresse intenso nos transformam em neandertais. Tente controlar a sua respiração.

7. Mais devagar

Não existe o fenômeno anunciado por aí chamado de “leitura dinâmica”. Ao menos se o seu conceito de “leitura” significa compreender o texto. Estudos mostram que os leitores rápidos vão muito pior quando questionados sobre o texto. A resposta motora da retina, e o tempo que a imagem leva para ir da mácula para o tálamo e em seguida ao córtex visual para processamento, limita os olhos para cerca de 500 palavras por minuto, em eficiência máxima. O estudante universitário comum alcança,cerca da metade disto.

6. Mantenha-se afiado

Pesquisadores italianos descobriram que pessoas que tem mais de 65 anos que andam cerca de 9 km por semana em passo moderado tem 27% menos chance de desenvolver demência do que adultos sedentários. Os pesquisadores pensam que exercícios possam melhorar o fluxo sanguíneo no cérebro.

5. Pratique

Pratique os tipos de questões que aparecem nos testes de inteligência. Ao se preparar para problemas verbais, numéricos e espaciais, típicos dos exames psicrométricos, você pode melhorar o seu escore.

4. Zzzzzz

Tirar uma soneca rápida no escritório pode deixar seu chefe irritado?Informe-o que você, na verdade, merece uma promoção de acordo com os últimos resultados dos estudos sobre o sono. Um breve cochilo pode melhorar a sua memória, mesmo que dure apenas seis minutos.

3. Jogue videogame

Todo mundo que implorou por um videogame agora vai conhecer o melhor argumento para conseguir um: “Você não quer que eu tenha uma coordenação visual e motora inferior, quer?” Agora você pode falar que alguns jogos o tornam mais inteligente assim como o Brain Age, da Nintendo. Depois de esforços cuidadosos os jogadores “sentem seus cérebros rejuvenescerem”.

2. Exercícios

Estudos mostram que estudantes que praticam exercícios aeróbicos regulares ajudam a construir matéria cinza e branca no cérebros de adultos mais velhos. Em crianças o ponto alto foi o de levar a melhores performances em exames cognitivos.

1. Descubra

Aprender novas coisas pode reforçar o cérebro, especialmente se você acredita que pode aprender novas coisas. É um círculo vicioso: Quando você pensa que está tornando-se mais inteligente, você estuda mais, criando mais conexões entre os neurônios.

terça-feira, 31 de julho de 2012

SETE ERROS CIENTÍFICOS QUE ORIGINARAM DESCOBERTAS


Os erros científicos nem sempre terminam em derrota e esbanjamento de dinheiro. Alguns geram novas descobertas interessantes. Um dos exemplos mais famosos é o Viagra, que originalmente foi criado para tratar a angina de peito. Ainda que o medicamento não conseguiu aumentar o fluxo de sangue no coração, os pacientes notaram um curioso efeito colateral: outra parte do corpo tinha um aumento de sangue considerável.


A penicilina, o bromento de potássio e inclusive o próprio Big Bang foram descobertos casualmente, por acidente. Veja os outros seis depois do científico salto.

Brometo de potássio
Não faz muito tempo, a masturbação era vista como o pai de todos os males. Era o próprio diabo que tomava o corpo dos onanistas. Tentaram fazer de tudo para evitá-lo, até que descobriu-se o Brometo de potássio. Os pacientes aos quais era administrado tinham um menor índice de masturbação e por isso foi proclamado como a solução definitiva. Pouco depois, notou-se que o remédio não fazia efeito somente na libido senão em toda a atividade dos indivíduos daquela época. Foi rebatizado como sedante e hoje é usado como droga veterinária, como uma droga antiepilética para cães e gatos.

Penicilina
Um clássico. Alexander Fleming descobriu que um mofo tinha contaminado algumas culturas bacterianas. Não obstante, a área que rodeava o mofo, estava livre da bactéria! Fleming predisse que teve um efeito antibacteriano. A descoberta valeu-lhe um prêmio Nobel.

O Big Bang
Arno Penzias e Robert Wilson estavam certo dia atarefados arranjando uma antena de comunicação via satélite. Não obstante, testaram apontá-la à Via Láctea. Enquanto moviam-na para aqui e e acolá, deram-se conta de que tinha um ruído de fundo que não devia existir. Mas aparecia apontassem para onde apontassem, tendo objetos celestes ou não. Quando deram uma olhada no seu interior, viram ninhos de pombas. Mas depois de limpá-la, o ruído persistia. Resultou que o que captavam era a radiação cósmica de fundo, que é considerada o resíduo do Big Bang. Novamente um prêmio Nobel foi outorgado por esta acidental descoberta.

Os Raios X
William Roentgen, físico, estava tentando fazer com que uma corrente elétrica atravessasse um tubo de vidro com um gás em seu interior. O gás brilhou inesperadamente. Para continuar com seu experimento sem aquele brilho incômodo, recobriu o tubo com um grosso papel. O brilho manteve-se, mas desta vez vinha de uma tela tratada com elementos pesados, situada a alguns metros de distância. Depois de algumas experiências, compreendeu que tinha descoberto um raio que passava através de elementos leves mas não dos pesados: os raios X.

O cristal de segurança
Bem, como muitas outras coisas na vida, foi descoberta graças à falta de higiene. Ocorreu que um pesquisador torpe jogou um copo no chão. Não obstante, ainda que tenha quebrado, não se dividiu em afiados caquinhos. Interessando-se pelo estranho acontecimento, perguntou-se a si mesmo o que havia acontecido: uma solução de nitrato de celulose, parecido a um plástico líquido. Pelo visto, por não ter sido limpo de forma eficiente, ao solidificar e ficar como uma fina camada transparente: recobriu o cristal interior e impediu sua fragmentação.

A sacarina
Fahlberg. É o nome de um senhor que trabalhava com alcatrão de carvão, que chegava em casa com as mãos mais negras que um poço de petróleo. Porcalhão que era, pegou uma fatia de bolo e provou sem ao menos lavar as mãos nem nada. Pareceram=lhe mais doces do que deviam ser e perguntou a sua mulher se tinham algo especial, mas ela lhe disse que não e que era a mesma massa de sempre. Resultou que eram suas mãos que adocicaram ainda mais a fatia do bolo.

Isto é para vermos que às vezes se equivocar dá melhores resultados.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

ANALGESIA CONGÊNITA: CONHEÇA A HISTÓRIA DO HOMEM QUE NÃO SENTE DOR

Steven Pete e seu irmão nasceram com um raro mal genético chamado analgesia congênita. Os dois americanos (do Estado de Washington) cresceram com o sentido do toque, mas sem jamais terem sentido dor , como Steve explica no depoimento a seguir:

"A primeira vez que ficou claro para os meus pais que algo estava errado foi quando eu tinha apenas cinco meses de vida. Eu comecei a mastigar minha língua à medida que meus dentes nasciam. Meus pais me levaram a um pediatra, onde passei por uma bateria de exames. Primeiro, acenderam um isqueiro na sola do meu pé e esperaram que se formasse uma bolha na pele. Logo que perceberam que eu não reagia, começaram a espetar agulhas nas minhas costas. Como eu novamente não respondi, chegaram à conclusão que eu sofria de analgesia congênita. A essa altura, eu já havia mastigado cerca de um quarto da minha língua.



Eu e meu irmão crescemos em uma fazenda. Meus pais tentaram ser protetores sem nos sufocar. Mas, quando você vive no campo, e especialmente se você é um menino, você quer ficar fora de casa, explorar e aprontar um pouco. Por isso, no início da minha infância, eu faltei muito à escola por causa de lesões e doenças.

Certa vez, acho que num rinque de patinação, quebrei a minha perna, mas não lembro dos detalhes. As pessoas apontavam para mim porque as minhas calças estavam cobertas de sangue da área em que o osso saiu. Depois disso, fui proibido de patinar até que fosse bem mais velho.
Com cinco ou seis anos, funcionários do serviço de proteção ao menor me levaram da minha casa, porque alguém denunciou meus pais por agressão. Fiquei sob os cuidados do Estado por cerca de dois meses.
E, quando voltei a quebrar a perna, eles finalmente perceberam que meus pais e meu pediatra estavam falando a verdade sobre a minha condição de saúde.

'Vai sentir dor quando eu acabar com você'

Na escola, muitas crianças me perguntavam sobre o que eu tinha. "Por que você está usando gesso?", eles questionavam. A maior parte do tempo eu estava engessado, até completar 11 ou 12 anos. E frequentemente me envolvia em brigas. Sempre que um menino novo entrava na escola, as crianças tentavam convencê-lo a brigar comigo, como uma espécie de introdução à escola. E me diziam: "Se você não sente dor, vai sentir quando eu acabar com você".
Hoje, não me considero uma pessoa particularmente imprudente. Acho até que sou mais atento do que a maioria, porque sei que, se eu me machucar, não saberei a gravidade do machucado. Lesões internas são as que mais me amedrontam, especialmente apendicite. Em geral, se tenho qualquer problema estomacal ou febre, vou direto para o hospital só por precaução.

A última vez que quebrei um osso, a minha mulher percebeu antes que eu. Meu pé estava inchado, com coloração preta e azul. Fui ao médico, passei pelo raio-x e descobri que tinha quebrado dois dedos e que precisaria usar gesso. Eu precisava trabalhar no dia seguinte. E, se estivesse engessado, teria que ficar afastado do trabalho por um bom tempo. Então disse aos médicos que eu podia me cuidar. Voltei para casa, peguei fita isolante, prendi meus dedos, vesti uma bota e fui trabalhar.



Uma das coisas que terei que enfrentar em breve é o fato de que não terei mais a minha perna esquerda. Já passei por tantas cirurgias no meu joelho esquerdo que chegou num ponto em que os médicos disseram que só me resta esperar que a perna pare de funcionar. Quando isso acontecer, ela terá de ser amputada.
Eu tento não pensar a respeito. Tento não deixar que isso me afete.
Mas não posso evitar o pensamento de que a analgesia congênita foi uma das razões pelas quais meu irmão decidiu se suicidar. Suas costas estavam ficando cada vez pior. Ele estava quase se formando em uma universidade local, e os médicos disseram que, em um ano ou um ano e meio, ele ficaria preso a uma cadeira de rodas. Ele era uma pessoa que gostava do ar livre - gostava de sair, de pescar e caçar. Mas quando ele tentou receber algum tipo de ajuda financeira por sua debilidade quando ela chegasse, a resposta do juiz foi: "Se você não sente dor, não tem motivo para receber nenhuma assistência".



O negócio é que, no caso do nosso problema, muitas pessoas que nos veem deduzem que somos saudáveis. Mas elas não têm ideia de que o meu corpo pode parar de funcionar a qualquer momento, que ele está todo machucado. Eu tenho artrite severa nas minhas juntas. Não é dolorido - eu não sinto nenhuma dor -, é apenas um incômodo. Mas às vezes é difícil andar. A sensação é de pressão, como se minhas juntas estivessem latejando. Alguns dias isso me deixa mau humorado. Isso limita a minha mobilidade.
Quanto aos médicos, acho que eles entendem o meu problema. Eles só não entendem o componente humano disso - a psicologia do que pode acontecer quando você cresce sem conseguir experimentar a dor."


Analgesia congênita
- Portadores não sentem dor, e excessos de calor ou frio não são sentidos como perigosos
- Distúrbio genético que afeta menos de uma pessoa em 1 milhão
- Enquanto bebês, portadores podem morder sua lingua e seus dedos, ou se queimar sem perceber
- Alguns pais colocam óculos protetores, capacetes e meias nas mãos das crianças portadoras, para protegê-las
- Pode causar artrite e problemas de crescimento
- Causa é desconhecida, e o mal não tem tratamento ou cura


CONHEÇA O CIENTISTA DA SÉRIE "THE BIG BANG THEORY"

Todos os roteiros do seriado favorito dos nerds passam pelas mãos do físico David Saltzberg. Ele revisa e corrige os erros que podem aparecer nas falas dos personagens. Às vezes, é ele quem dá o toque científico às cenas. Abaixo, Saltzberg fala sobre o trabalho como consultor científico da série.


Além de revisar o script, você pode sugerir assuntos científicos. Você é livre para falar sobre o que quiser?
Às vezes, os escritores só querem que eu complete com algo que tenha a ver com o episódio. Mas, quando posso escolher, prefiro colocar coisas sobre física elementar, coisas que você aprende no primeiro ano. Por exemplo, gosto quando Sheldon ensina física para a Penny, como quando eles estão puxando uma caixa para o andar de cima e falam sobre isso. Gosto porque assim a maior parte das pessoas pode entender. Mas também é divertido colocar algo bem específico, novo, porque depois eu recebo e-mail das pessoas dizendo "ei, eu vi isso no programa!".

Você conversa com os atores? Ou só com os escritores?
Eu falo mais com os escritores. É incrível como os atores fazem tudo certinho, mesmo sem falar muito comigo. Quer dizer, eu os vejo, falo com eles, mas geralmente não conversamos muito sobre ciência. E o incrível é que eles não só falam com a pronúncia correta, como também entendem o resumo das teorias. Eles também pesquisam, quando recebem o script, para saber do que se trata o assunto. Apenas uma vez o Sheldon pronunciou uma palavra errada, então precisei falar com ele. Mas dificilmente isso acontece.

Você é responsável pelas fórmulas escritas nas lousas da série. Qual é o seu critério?
É uma escolha pessoal. Às vezes as equações têm alguma relação com o assunto das discussões que os personagens fazem. Por exemplo, quando Howard estava para ir ao espaço, havia umas equações sobre sondas orbitais. Quando aparecem pedaços de ciência nos diálogos, eu coloco as equações sobre esse assunto. Mas, se não há nada, opto por coisas de física contemporânea ou estudos recentes. Ou coloco coisas que eu gosto mesmo.

Já deixou passar algum erro?
Algumas temporadas atrás, eles estavam perseguindo um grilo no apartamento, que cantava de um jeito específico. E o canto dos grilos varia de acordo com a temperatura. Então há uma equação feita para descobrir a temperatura por meio do canto dos grilos. Quem a formulou foi o cientista A. E. Dolbear. E no script o primeiro nome estava como Emile, e deixei passar, mesmo sabendo que o primeiro nome era Amos. E eu percebi o erro só depois do episódio ir ao ar, e me senti mal. O neto dele entrou em contato comigo para nos corrigir. Eu me desculpei e o convidei para assistir a uma gravação.

Você é o cientista mais próximo dos personagens, então pode ser uma espécie de inspiração para eles. Você já se viu em algum diálogo, em uma maneira de agir?
Acho que todos nós temos esses momentos quando Leonard ou Sheldon dizem alguma coisa, e você já disse exatamente a mesma coisa anos atrás. É esquisito. Mas não acho que eles estejam se baseando em mim. Qualquer cientista pode se ver na série.

Já sugeriu alguma piada?
No começo eu tentava sugerir, mas parei. Eles são muito mais engraçados do que eu.

sábado, 14 de julho de 2012

O QUE É O GATO DE SCHRÖEDINGER?


Você com certeza já deve ter ouvido falar nele. Lembra daquela cena de um episódio do “The Big Bang Theory”, onde o personagem Sheldon tenta explicar sobre um certo gato, numa caixa, que estaria morto e vivo ao mesmo tempo? Pode parecer loucura, mas o Genno e Scientia tentará explicar direito essa história pra você, leitor, que também ficou curioso pra saber mais sobre a história do bichano.


Não é espiritismo, nem bruxaria. Erwin Schrödinger, físico austríaco e um dos cientistas mais inteligentes da sua época, foi quem desenvolveu o polêmico experimento em 1935, contribuindo de maneira inimaginável para o desenvolvimento da física quântica em sua época.  Schrödinger já foi vencedor do prêmio Nobel e trocava cartas com nomes famosos da ciência, como o próprio Albert Einstein, por exemplo, sobre diversas de suas ideias.

O Gato de Schrödinger consiste num experimento mental e imaginário, onde um gato, no papel de cobaia, é trancado numa espécie de caixa de aço juntamente com um recipiente contendo material radioativo e um contador Geiger, aparelho detector de radiação, que devem ser mantidos fora de contato com o animal. Se esse material soltar partículas radioativas, o contador percebe sua presença e aciona um martelo, que, por sua vez, quebra um frasco de veneno, matando o gato dentro da caixa. De acordo com as leis da física quântica, a radioatividade pode se manifestar em forma de ondas ou de partículas, e uma partícula pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. Logo, sugere-se que depois de um tempo, o gato está simultaneamente vivo e morto. Mas, quando olha-se dentro da caixa, apenas se vê o gato ou vivo ou morto, não uma mistura de vivo e morto.


Um gato, junto com um frasco contendo veneno, é posto em uma caixa lacrada e protegida. Se um contador Geiger detectar radiação, então o frasco é quebrado, liverando veneno que mata o gato. A mecânica quântica sugere que depois de um tempo, o gato está simultaneamente vivo e morto. Mas, quando olha-se dentro da caixa, apenas se vê o gato ou vivo ou morto, não uma mistura de morto e vivo.

De uma forma mais clara: O gato aparece vivo, porque, nessa versão da realidade, nada foi detectado pelo contador Geiger. O gato surge morto, pois nessa outra versão do mesmo instante de tempo o contador Geiger detectou uma partícula e acionou o martelo. O veneno do frasco partido matou o bichano.
Seguindo o raciocínio de Schrödinger, as duas realidades aconteceriam simultaneamente e o gato estaria vivo e morto ao mesmo tempo (até que a caixa fosse aberta!). A presença de um observador acabaria com a dupla realidade e ele só poderia ver ou um gato vivo ou um gato morto.

Parece uma grande loucura, não? Contudo, esse experimento foi baseado em um dos princípios mais importantes da física, o Princípio da Incerteza, que sugere que não podemos determinar com precisão e simultaneamente a posição e o momento de uma partícula. O experimento do Gato de Schrödinger (infelizmente) é puramente teórico, e o esquema proposto jamais poderá ser construído.