sábado, 14 de julho de 2012

O QUE É O GATO DE SCHRÖEDINGER?


Você com certeza já deve ter ouvido falar nele. Lembra daquela cena de um episódio do “The Big Bang Theory”, onde o personagem Sheldon tenta explicar sobre um certo gato, numa caixa, que estaria morto e vivo ao mesmo tempo? Pode parecer loucura, mas o Genno e Scientia tentará explicar direito essa história pra você, leitor, que também ficou curioso pra saber mais sobre a história do bichano.


Não é espiritismo, nem bruxaria. Erwin Schrödinger, físico austríaco e um dos cientistas mais inteligentes da sua época, foi quem desenvolveu o polêmico experimento em 1935, contribuindo de maneira inimaginável para o desenvolvimento da física quântica em sua época.  Schrödinger já foi vencedor do prêmio Nobel e trocava cartas com nomes famosos da ciência, como o próprio Albert Einstein, por exemplo, sobre diversas de suas ideias.

O Gato de Schrödinger consiste num experimento mental e imaginário, onde um gato, no papel de cobaia, é trancado numa espécie de caixa de aço juntamente com um recipiente contendo material radioativo e um contador Geiger, aparelho detector de radiação, que devem ser mantidos fora de contato com o animal. Se esse material soltar partículas radioativas, o contador percebe sua presença e aciona um martelo, que, por sua vez, quebra um frasco de veneno, matando o gato dentro da caixa. De acordo com as leis da física quântica, a radioatividade pode se manifestar em forma de ondas ou de partículas, e uma partícula pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. Logo, sugere-se que depois de um tempo, o gato está simultaneamente vivo e morto. Mas, quando olha-se dentro da caixa, apenas se vê o gato ou vivo ou morto, não uma mistura de vivo e morto.


Um gato, junto com um frasco contendo veneno, é posto em uma caixa lacrada e protegida. Se um contador Geiger detectar radiação, então o frasco é quebrado, liverando veneno que mata o gato. A mecânica quântica sugere que depois de um tempo, o gato está simultaneamente vivo e morto. Mas, quando olha-se dentro da caixa, apenas se vê o gato ou vivo ou morto, não uma mistura de morto e vivo.

De uma forma mais clara: O gato aparece vivo, porque, nessa versão da realidade, nada foi detectado pelo contador Geiger. O gato surge morto, pois nessa outra versão do mesmo instante de tempo o contador Geiger detectou uma partícula e acionou o martelo. O veneno do frasco partido matou o bichano.
Seguindo o raciocínio de Schrödinger, as duas realidades aconteceriam simultaneamente e o gato estaria vivo e morto ao mesmo tempo (até que a caixa fosse aberta!). A presença de um observador acabaria com a dupla realidade e ele só poderia ver ou um gato vivo ou um gato morto.

Parece uma grande loucura, não? Contudo, esse experimento foi baseado em um dos princípios mais importantes da física, o Princípio da Incerteza, que sugere que não podemos determinar com precisão e simultaneamente a posição e o momento de uma partícula. O experimento do Gato de Schrödinger (infelizmente) é puramente teórico, e o esquema proposto jamais poderá ser construído.

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