terça-feira, 5 de abril de 2011

PESQUISADORES DE HARVARD REVERTEM ENVELHECIMENTO DE RATOS

Por: Redação Galileu (Com adaptações)
Fonte: Revista Galileu



No conto "O Curioso Caso de Benjamin Button", de F. Scott Fitzgerald, um homem nasce velho e fica mais jovem a cada dia que passa, um conceito irreal e recentemente trazido para o mundo dos cinemas, com Brad Pitt como o protagonista que desafiava a biologia. Em um laboratório de Boston, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Harvard usaram a engenharia genética para realizar algo semelhante. Eles transformam ratos velhos e fracos em animais saudáveis após uma série de tratamentos experimentais de regeneração de órgãos. 


A pesquisa ajuda a explicar como certos órgãos e tecidos se deterioram com a idade e, segundo pesquisadores, oferece esperança para que o envelhecimento humano seja retardado ou revertido.


A recuperação dos órgãos suscitou esperanças de que pode ser possível conseguir um resultado parecido em humanos – ou ao menos desacelerar o processo de envelhecimento. Se der certo, o tratamento, que visa aumentar o potencial regenerativo dos órgãos, pode evitar problemas de saúde como derrames, doenças do coração e demência.
O procedimento usado nos ratos consistiu em criar animais geneticamente manipulados que não tinham uma enzima chamada telomerase, que desestimula o processo de morte das células.
Sem a enzima, os ratos envelheciam prematuramente, ficavam inférteis, tinham o olfato prejudicado e cérebros menores. Porém, quando os ratos recebiam injeções para reativar a enzima, ela reparava tecidos danificados e revertia os sinais de envelhecimento após um mês.
Nos humanos, o tratamento é mais complicado. Segundo Ronald DePinho, professor de genética de Harvard que conduziu o estudo, só seria seguro se fosse feito periodicamente e somente com os jovens, que ainda não têm minúsculos aglomerados de células do câncer vivendo em seu corpo. Mesmo assim, ainda é um mistério se o tratamento daria certo e muitos outros testes com animais devem ser feitos antes de qualquer experiência com humanos.

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